quinta-feira, 7 de agosto de 2014

POESIA NA ÁRVORE - Samuel Costa

Eu prefiro frases feitas...
Adoro lê-las...
...e pensar que são minhas!
Dizer: Eu te amo...
Usando velhos clichés
Finjo ser poeta
Às vezes contista...
Uso velhos clichés
‘’Porque dizer eu te amo...
Não é dizer bom dia!’’
Escuto velhas músicas!
E chego a pensar que a dor é minha.
Mas não é!!!
Penso em ser prosador...
Para voltar para a minha infância...
Aonde corro e corro de novo...
Corro entre becos e vielas...
...de braços abertos!
Finjo ser poeta...
...na pós-modernidade!
A ignorar regras, rimas e métricas...
A desdenhar de antigas elegias!
Todas as velhas fórmulas prontas e acabadas.
Velhas formas de amar musas intocadas...
Finjo ser versejador...
Nos tempos modernos!
E em meus versos!
Sinto que não fosses embora...
Esta perdida... entre os meus versos...
Mais profanos...
Finjo... que não te perdi para sempre,
Às vezes leio velhas poesias.
Mas, só às vezes...
E penso que são meus...
Aqueles idílios de saudade...
Eu gostaria ser um poeta.
Para pensar que não te perdi para sempre...
Imortalizar-te-ia em meus versos!
Às vezes penso ser poeta!
Na pós-modernidade!
A usar velhos clichés!
E digo: ’’Dizer te amo... não é dizer bom dia’’

Samuel da Costa


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