terça-feira, 25 de agosto de 2015

SEXO E ESCOLA

     

  Os filhos sempre esperam que as pessoas responsáveis por sua educação, sejam um "porto-seguro" para os questionamentos que a adolescência, período tão conturbado, implica na construção de suas identidades. Um dos assuntos mais polêmicos dentro desse universo é o sexo. O que esperar quando os dois referencias mais significativos, a família e a escola tratam desse assunto com irresponsabilidade e sem delimitação de limites?
     A família é o referencial para que a criança enfrente o mundo com suas complexidades de forma saudável, orientando-a, para que possa se desenvolver com segurança. Quando isso não acontece o resultado pode ser deplorável, estimulando padrões comportamentais indesejados. Um bom exemplo é a gravidez. Dados da Organização Mundial de Saúde (OSM) apontam que a gestação na adolescência se transformou em um problema social. O interessante foi perceber que em 70% dos casos estudados, a mãe da jovem também foi mãe na sua adolescência. Ou seja, o referencial serve de exemplo desviado e o modelo comportamental se repete, já que os filhos se espelham nos pais.
     Em contrapartida, a escola tem o dever de agir conjuntamente com os pais e os alunos para dialogar a sexualidade com muita cautela e maturidade. Se um colégio promove em seu recinto material de cunho pornográfico não estaria incentivando a promiscuidade? Segundo Domingues (1998 apud SANTOS E NOGUEIRA, 2009, p.55), "vivenciar situações de perigo não é só um grande desafio, mas pode ser o determinante da condição de adolescente (...).
     Enfim, a sexualidade no ambiente familiar e escolar deve ser abordada de forma neutra e sensata, para que não desperte nos jovens desvios psicológicos graves. Por isso, ambas as instituições devem estar bem estruturadas para uma adequada educação sexual.

Georgete Reis

Nenhum comentário:

Postar um comentário